A minha história poder ser contada junto a da Creality...



 

 

No dia 22 de setembro de 2020, minha primeira impressora chega às minhas mãos, uma Ender-3 que sem nenhuma dúvida era o modelo mais recomendado para iniciantes na época, já era um sucesso estrondoso de vendas, afinal por um preço de pouco menos de $200 entregava uma ótima qualidade de impressão comparada a outros modelos do mercado, e foi através da minha Ender-3 que a minha trajetória na impressão 3d começou.

 

No Brasil estávamos em isolamento devido à pandemia de Covid-19, por tanto meu objetivo era consegui trabalhar em casa fabricando variados tipos de peças e vender para amigos e familiares, com o tempo expandir para outros clientes, logo que a impressora chegou, comecei a postar nas redes sociais as curiosidades que eu ia descobrindo, novas técnicas que aprendia e inclusive minhas dúvidas, o meio principal era meu perfil no Instagram.

 

Com o passar dos meses, novas pessoas foram se identificando com minha caminhada, minha comunicação, eu passei a produzir conteúdo para outras redes sociais, como TikTok, e o alcance foi aumentando, e a cada dia que passava fui descobrindo que eu tinha um talento não explorado para ensinar, consigo passar muito bem meu conhecimento, e o que no início era algo despretensioso, hoje em dia soma uma comunidade variada de pessoas trocando e compartilhando conhecimento comigo nas redes, em um volume que eu sinceramente não esperava.

 

O que nos leva ao dia 27 de julho de 2022, o dia em que eu monto a minha Ender-3 S1, pouco menos de 2 anos separam as duas chegadas, a Creality cresceu, eu cresci e a linha Ender também, para mim foi impressionante perceber que o mercado chegou a esse patamar nas impressoras praticamente de entrada, claro que o valor entre elas possui diferenças, afinal a S1 possui muitas das features que costumávamos comprar como upgrades, agora vindos de fábrica.

 

Confesso que não foram todas essas features que mais me surpreenderam, me agradaram e muito sim! Mas o que mais me chama a atenção é a diferença de  ”abordagem”, principalmente na construção da máquina.

Na ender-3 ”stock”, temos tanto a eletrônica, fonte de alimentação, como hotend, todos muito “acessíveis” e “desmontáveis” até mesmo expostos, principalmente a respeito da fonte. 2 anos depois temos um modelo com a eletrônica abrigada completamente na parte inferior à mesa, conjunto de hotend, incluindo CR touch, com todos os cabos ligados à um circuito com conector único para tudo, em termos de organização indiscutivelmente um avanço incrível, os cabos saindo para os motores z com o mínimo comprimento possível reiteram isso. Pode até se dizer que o visual melhora, dependendo do seu gosto.
O hotend sprite que inclui também sistema de direct drive, pode ser facilmente substituído em casos de manutenção apenas soltando 4 parafusos, me chamou a atenção a praticidade, mas já ouvi relatos que me mostram talvez uma divisão de opiniões alguns usuários desejariam a venda de peças a parte para fazer o reparo na extrusora já instalada ao invés de substituir o conjunto inteiro, há casos que por motivo financeiro, afinal comprar uma garganta por exemplo supostamente seria mais em conta do que o conjunto sprite novo e também há casos de espírito maker, de resolver você mesmo o problema do seu hotend, porém há quem defenda o “profissionalismo” dessa troca completa e facilitada (pensando em quem empreende com a máquina), afinal cada hora com a produção parada esperando uma peça de manutenção que poderia ser um fan por exemplo, significa perda de tempo produtivo consequentemente prejuízo. Sendo assim um conjunto reserva não é má ideia para esses casos…

 

Este artigo é uma versão 2.0 de um texto que escrevi após uma semana de uso da Ender-3 S1, o objetivo era uma opinião técnica sobre os primeiros dias de uso da máquina, mantive minhas observações técnicas para comparar a situação do mercado hoje em relação à quando entrei, o que diz muito sobre minha evolução também, mas acabou por se tornar um texto reflexivo sobre como a minha trajetória se misturou como a da empresa nesse curto período. Ambos traçaram objetivos concretos de início que talvez tenham tomado patamares maiores com o tempo, o meu era simplesmente trabalhar e ter minhas impressoras, hoje ajudo muita gente a conhecer essa tecnologia que amamos, a Creality tenha nascido para ser uma fabricante exportadora da China, hoje se auto intitula de maneira muito justa como “3D printing industry Evangelist” (Evangelista da indústria de impressão 3D).

 

A minha história poder ser contada junto a da Creality...

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